Alívio

Bruna Caram lança “Alívio”, seu trabalho mais autoral, assumindo ritmos brasileiros entre a potência e a sutileza

 

A cantora, atriz, escritora, poeta e preparadora vocal Bruna Caram, de 32 anos, lança em 2019 seu quinto disco, “Alívio”, com nove canções – sete delas de composição própria, o que faz do disco o trabalho mais autoral de Bruna Caram. O sucessor de “Multialma” (2016) tem produção musical de André Moraes, indicado ao Grammy Latino pela trilha sonora do filme Lisbela e o Prisioneiro (2004).

Nas 11 músicas de Alívio, Bruna reafirma sua marca registrada de “cantatriz”, em arranjos que privilegiam a interpretação ora doce ora potente, e assume ritmos brasileiros que fizeram parte da sua formação, como chôro, xote, baião e maracatu. Bruna traz participações especiais de nomes como Marcelo Jeneci (sanfona em “Meu Perdão”), Ailton Reiner (bandolim em “Minha Paz e Minha Dor”), de Cimara Froés do Trio Sinhá Flor (sanfona em “Soberana”), do Coral de MCs da Cor & Voz (em “Minha Paz e Minha Dor”), Jean Dollabella do Sepultura (bateria em “Certas Canções”) e Kareem Jesus Devlin (guitarra em “Bem à Saúde”).

“Sempre quis fazer um disco sobre música como cura. Alívio é exatamente isso. Um disco sobre autoestima e sobre como a música me ajudou a transformar situações difíceis em potência”, diz Bruna, sobre a escolha do nome do disco. Grávida de seu primeiro filho, ela assume que é seu trabalho mais forte e necessário, até pelo momento político sombrio que o país (e o mundo) vivem. “A arte tem um poder fantástico de nos deixar mais conscientes, mais unidos, mais sensiveis e mais críticos. Não me admira que quem está no poder insista em menosprezar nossa própria cultura, com medo de que as pessoas descubram sua própria potência”.

No repertório, apenas três canções não têm as mãos da cantora na composição: “Meu Perdão”, do líder do Não Recomendados, Caio Prado, “Minha Paz e Minha Dor”, da recifense Isabella Moraes, e “Certas Canções”, clássico de Milton Nascimento e Tunai que ganha interpretação vibrante. Nas demais, Bruna assina sozinha quatro: “Baile da Revanche”, “Quase Amor”, “Bem à Saúde” e “Soberana”.

Com Isabela Moraes, Bruna ainda assina “Livre”, faixa sobre maternicade que tem participação especial da mãe e da avó da cantora, e com Lucas Caram ela assina “Gente de Bem”, que escancara uma politização antes apenas sutil em seus trabalhos anteriores.

“O disco começa com uma crítica social, pra mim um grande desabafo. Vai para outras tormentas muito pessoais, amor, angústia, volta a injustiças e critica o machismo em Soberana, e termina em Certas Canções, a justificativa do disco: a arte alheia ou a minha me salvam, como podem melhorar o mundo.”

A cantora e atriz teve direção de interpretação da diretora de teatro Cris Ferri, em parceria que se estende desde 2009; a preparação vocal ficou por conta da Cor e Voz, empresa de educação vocal criada por Bruna e pela fonoaudióloga Ana Terra Pompeu que atende alguns dos cantores mais conhecidos do Brasil, especialmente do rap.

Fora da vertente cantora, em seu trabalho como atriz, Bruna brilhou na minissérie Dois Irmãos, da TV Globo, em 2017; e lançou o primeiro livro, Pequena Poesia Passional, em 2015 (prepara o próximo para este ano). A turnê de Alívio ocorrerá intensa e encurtada em 2019, de Setembro a Outubro, e retoma em 2020, depois que Bruna for mãe.

 

Aqui você encontra as
letras e cifras do disco Alívio